Médica-legista do IML é presa acusada de furtar órgãos de cadáveres
A médica-legista do Instituto Médico Legal (IML) de Curitiba, Lubomira Verônica Oliva, de 62 anos, foi presa em flagrante na quinta-feira (17) quando deixava o instituto, com órgãos humanos dentro do carro. Com Lubomira, que trabalhava no IML há 35 anos, a polícia apreendeu três corações e diversas vísceras, que estavam dentro de embalagens plásticas.
Segundo a polícia, as investigações partiram do próprio IML, quando um funcionário denunciou a atividade ilegal. "Imagens das câmeras de monitoramento interno mostravam que ela saía quase todos os dias do trabalho com uma caixa de isopor", disse o tenente Mário Sérgio Garcez, da diretoria do IML.
Interesse acadêmico
Além de médica-legista do IML, Lubomira é professora, há mais de 30 anos, na Universidade Federal do Paraná (UFPR), onde ministra a disciplina de Anatomia Patológica para cursos de graduação e pós-graduação.
Lubomira teria dito à polícia, que o IML havia firmado convênio com a UFPR e que os órgãos eram usados para fins pedagógicos. O tenente Garcez, no entanto, esclarece que o instituto não teve parte nas ações da funcionária. "O IML jamais permite a doação de órgãos ou de corpos que sejam identificados". Segundo ele, esse tipo de doação acontece apenas após vencidos os 30 dias para apresentação de familiares, com corpos não-identificados, e mediante autorização judicial.
Com a prisão da médica, a polícia irá investigar qual era o destino dos órgãos e desde quando Lubomira os retirava de forma ilegal. A médica deve responder inquérito por retirar órgãos ou tecido de corpo humano sem autorização legal e se for condenada pode pegar de 2 a 9 anos de prisão.
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