“A mais poderosa das armas: palavras. Não pelo tom, mas pelo eco.” Pense bem nesta frase e no quanto a sua realidade já foi transformada por causa de algumas palavras que fizeram eco em sua mente. Sejam essas palavras de amor, sejam de desafio, sejam simplesmente rabiscos em um caderno velho que depois pareceram pura bobagem juvenil. O poder das palavras é realmente extraordinário.
Imagine agora a junção de palavras poderosas - aquelas palavras certas, pensadas e exatas, à arte e ao refinamento. Com a proposta de provocar reflexão (sobretudo em relação a valores éticos e para o bem-viver em sociedade), por meio de pequenas grandes citações inseridas no cotidiano das pessoas, o professor e historiador Manoel Affonso de Mello traz a tona o Projeto Li-ter-ato.
As citações que se transformaram em “reflexão para usar”, como gosta de definir Manoelzinho, nasceram de sua experiência de mais de 26 anos em sala de aula, da crença que instruir não é conceder lições a seus alunos, mas desafios. Em suas aulas, Manoelzinho ensina muito mais que História a seus alunos, mas lições de vida. E no cantinho do quadro, que um dia já foi negro e hoje é branco, ao lado de verdadeiras plantas de castelos medievais ou esboços de batalhas, do debate com os alunos, surgiram as suas citações, como a que diz que “grandes impérios viram pó, grandes homens, poemas”.
Agora, as citações de Manolzinho aparecem em objetos que fazem parte do cotidiano, como que nos incitando a diminuir um pouco o ritmo frenético e a aproveitar os prazeres da vida. Da constatação de que a comunicação escrita está se tornando meramente eletrônica, via e-mail ou recadinho no Orkut, o professor nos convida a voltarmos a escrever cartões e enviá-los aos amigos. Os cartões vêm lindamente embalados em uma caixa com 8 unidades, dividas em quatro modelos. Para quem prefere cartões sem frase, há também opções saídas do baú do múltiplo e premiado artista Victor Moreira que traduzem toda a magia dos anos 60 e 70 em estampas inéditas da época em que ainda eram feitas à mão.
Se não bastassem os cartões, há poesia para usar em camisetas, xícaras, lençóis e até, (por que não?) para pisar. Definitivamente, não há limites para a criatividade, o bom gosto e a sensibilidade desse projeto que propõe a reflexão para usar! Afinal, "quantas revoluções continuam adormecidas no fundo dos tinteiros?”
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